domingo, 30 de março de 2008

Adoção – No futuro, omitir ou não ?

Auridéa e seus filhos adotivos Débora(3) e Davi(7)

Muitas famílias que adotam crianças recém nascidas, têm o dilema de contar ou não para o filho adotivo que ele não é de sangue, e sim de coração. A adoção é um ato de amor para aquelas crianças que as mães biológicas não têm condições de criar o bebê ou até mesmo o rejeitam. Algumas famílias temem em contar para o filho adotivo por medo de certa revolta de não conhecer a mãe de sangue, tomando-se uma atitude covarde, podendo piorar a situação.

Muitos pais que adotaram crianças, nunca tiveram a intenção de esconder sobre a adoção para o filho. O casal de empresários, Auridéa Castro Falcão Fernandes e Sérgio Roberto C. Fernandes, já adotou duas crianças, após várias tentativas de inseminação sem sucesso. A primeira adoção foi de Davi Fernandes, hoje com sete anos, e a segunda é Débora Fernandes, com três anos de idade. Após cinco meses com Débora, o casal descobriu que a filha é especial, pois durante gestação a mãe biológica ingeriu remédios para aborto, e em conseqüência disso, não houve desenvolvimento do lado esquerdo do cérebro, causando problemas de visão e na locomoção dos membros.

O casal nunca escondeu sobre a adoção á ninguém, inclusive ao filho Davi, que já entende. “Não há motivo para esconder, o amor que damos para nossos filhos é tão sublime que pra mim ele saiu da minha barriga. Davi sempre diz pra mim: “Mãe, eu sou tão feliz, obrigado por ter me adotado”. E isso pra mim já é tudo”, se emociona Auridéa Castro. As pessoas que costumam esconder sobre adoção, podem sofrem conseqüências futuras, ainda mais quando descobrem que são filhos adotivos através de outras pessoas. Há muitos casos que adolescentes se revoltaram, ficaram tristes ou mesmo saíram de casa por descobrirem que são filhos adotivos.

Psicólogos e assistentes sociais, falam que esta decisão de contar ou não, fica por conta da família, mas recomendam: É muito melhor contar a verdade. Omitir sobre a adoção, pode acarretar problemas no relacionamento familiar, ainda mais quando é contado ou descoberto na fase adolescente do adotado.

Um comentário:

Anônimo disse...

Osmaria,
Gostei muito do seu texto. Está excelente.Parabéns.
CD