Em meio à região turística do Planalto Central, numa área bem distante do litoral, a Escola de Música de Brasília foi fundada em 11 de março de 1974, pelo maestro Livino de Alcântara. A escola tornou-se Centro de Educação Profissionalizante (CEP) e desenvolve projetos sócio-educativos.
Atualmente com 1854 estudantes de música, 38 possuem necessidades especias, dentre eles 22 apresentam deficiência visual. Os interessados podem ingressar na EMB através de sorteio ou testes práticos. A demanda é alta e a seleção não é financeira. “As pessoas associam os deficientes às dificuldades na aprendizagem, mas não tem”, comenta Marúzia Sampaio, coordenadora do núcleo de inclusão.
A instituição presta serviços culturais para a sociedade e conta com o apoio financeiro da Diretoria de Ensino Especial, mas enfrenta dificuldades. Com o intuito de ajudar financeiramente o núcleo, foi criado o Curso Pontual destinado aos alunos não regulares, as aulas são ministradas aos sábados com períodos de manhã e tarde, com duração de 3 a 4 meses.
Gabriel Fernando de Souza, 13, está há cinco anos na escola. É deficiente visual, mas isso não se tornou obstáculo para ser considerado super dotado em música. Fez aulas de clarinete, percussão, piano, teclado e mídia musical. Assim como Gabriel, qualquer aluno é especial e recebe o mesmo tratamento.
Segundo o diretor maestro Carlos Galvão, todos os ex-alunos estão empregados. A Escola de Música de Brasília dialoga com todas as formas e busca mostrar a potencialidade musical do Brasil, além disso, é a que mais oferece cursos por unidade no país e em toda América Latina.