quinta-feira, 6 de março de 2008

Música para vê e ouvir

Por Matheus Reino

O Centro de Educação Profissionalizante – Escola de Música de Brasília
(CEP-EMB) ligado à Secretaria de Educação do Distrito Federal desenvolve trabalhos de inclusão social com portadores de necessidades especiais. Assim como são assegurados os direitos à vida, à educação e à manifestação do pensamento o direito à cultura deve ser resguardado e bem usufruído por todos.

No total a EMB assiste a 38 alunos com necessidades especiais, dentre esses, 22 são deficientes visuais. A professora Marúzia Sampaio, que coordena o Núcleo de Educações Especiais da escola, conta que os alunos recebem material adequado e podem “ver com as mãos aquilo que não podem ver com os olhos”. Para aqueles que possuem deficiência visual o material é completamente editado em
Braile e assim, os alunos podem acompanhar o que está sendo ministrado.

O adolescente Gabriel de Souza, 13 anos, tem deficiência visual e diz que adora participar das aulas na escola de música. “Já fiz aula de teclado percussão, clarineta e mídia musical. Agora quero aperfeiçoar tudo que aprendi aqui”, conta. Para o maestro Carlos Galvão, diretor da Escola de Música de Brasília, todos os alunos são especiais e recebem apoio e atenção da mesma forma. “Deficientes são todos aqueles que têm dificuldades de aprender música. O fato de não enxergar não os torna deficientes”, completa.

A Escola de Música de Brasília já formou mais de seis mil alunos e o maestro afirma que 100% dos alunos formados pela escola estão empregados, por isso possui o título de Centro Profissionalizante. Segundo o diretor, a escola é a maior e melhor escola pública de música da América Latina. Esse título foi conquistado graças à elevação do fator cultural e social que a instituição presta à sociedade.

Um comentário:

Anônimo disse...

Matheus,
Seu texto está ótimo. Só corrija Braille (é com dois Ls).
CD